A série "Escola faz tecnologia faz escola..." traz para debate o diálogo entre tecnologia e escola. Poderia este diálogo contribuir para modificar a escola? Seriam estas as mudanças que nós, educadores, pretendemos e desejamos? Ou será que somos obrigados a mudanças indesejadas?
E a tecnologia, ela muda quando "vai à escola"? De que forma a escola, com seus alunos, seus professores, suas necessidades e sua história podem mudar a tecnologia? O que é preciso para isso? Que ações, que reflexões, que práticas, que alianças são necessárias para que tenhamos a tecnologia formada e conformada de acordo com anseios, possibilidades e potencialidades dos outros freqüentadores da escola?
Esta série é mais um canal que se abre para discussões sobre estes aspectos. O que se busca é contribuir para forjar a escola que produz a sua realidade, que contribui para a construção de soluções próprias para as questões que se apresentam. Nesta série, a questão central que se apresenta é a tecnologia como parceira nas ações educativas. Melhor dizendo, as tecnologias, todas elas: dos livros à TV, da Internet ao giz e ao quadro, queremos aprofundar o debate sobre como podem ser úteis aos nossos propósitos e como mudam tanto os objetivos como os meios para atingi-los.
Assumimos como fato que, mais dia menos dia, cada um destes elementos estará presente nas escolas, em cada escola. Já não cabe discutir se devem ou não estar na escola mas sim como devem estar na escola. Cabe também debater como a escola deve recebê-los, como pode se modificar em função das novas possibilidades.
Os livros trazem informação cristalizada, o que está neles até parece verdade, mas nem sempre é. Quem faz do livro algo vivo, que transcende o que ali está posto em suas tintas, é o leitor que o modifica ao ler com olhos próprios, permeado por sua cultura, sua vida, seu universo social. Lendo livros, vários livros, indo de uma referência a outra, discutindo com outros leitores, o leitor, cada leitor, faz do livro algo muito maior do que suas dezenas ou centenas de páginas. A riqueza de um livro não está no número de páginas que ele traz mas a quantas outras nos remete; não está só nas informações que contém, mas nas outras leituras que nos leva a fazer. O que faz de um livro uma "Obra Aberta" é quem o abre, o lê, o relê, concorda e discorda dele.
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Tecnologia na Educação
A Tecnologia na Educação requer um olhar mais abrangente, envolvendo novas formas de ensinar e de aprender condizentes com o paradigma da sociedade do conhecimento, o qual se caracteriza pelos princípios da diversidade, da integração e da complexidade.
O compromisso com as questões educacionais tem sido ampliado, através das várias formas de organização, incluindo aquelas que fazem uso da tecnologia para superar os limites de espaços e tempos, de modo a propiciar que as pessoas de diferentes idades, classes sociais e regiões tenham acesso à informação e possam vivenciar diversas maneiras de representar o conhecimento.
Esta amplitude de possibilidades - quando pautada em princípios que privilegiam a construção do conhecimento, o aprendizado significativo, interdisciplinar e integrador do pensamento racional, estético, ético e humanista - requer dos profissionais novas competências e atitudes para desenvolver uma pedagogia relacional: isto implica criar e recriar estratégias e situações de aprendizagem que possam tornar-se significativas para o aprendiz, sem perder de vista o foco da intencionalidade educacional.
Por outro lado, não se pode deixar de conhecer e de tratar as questões específicas destas possibilidades e suas inter-relações. Este nível de compreensão é que dá mobilidade para o profissional lidar com o inusitado de forma criativa, reflexiva, crítica e construtiva, rompendo com isso a aplicação de soluções prontas ou práticas padronizadas. Tais soluções e práticas não encontram eco no paradigma atual, no qual se torna evidente a necessidade de integração entre a gestão administrativa e a gestão da sala de aula, dos recursos tecnológicos e das áreas de conhecimento. O pensamento-ação exigido precisa considerar o movimento e a articulação entre o individual e coletivo, parte e todo, processo e produto, teoria e prática, ensino e aprendizagem.
O foco desta série de cinco programas, que será apresentada no Programa Salto para o Futuro/TV Escola de 23 a 27 de setembro, é retratar a abrangência do uso da tecnologia no âmbito da educação, considerando a diversidade de formas de aprender e de ensinar. Ao mesmo tempo, cada programa dará ênfase nas questões particulares constituintes do seu universo, visando com isto propiciar aos participantes momentos de indagações e de aprofundamento acerca dos temas abordados.